Administração verde: o caminho sem volta da sustentabilidade nas organizações
DOI:
https://doi.org/10.47842/juts.v6i1.48Palavras-chave:
Sustentabilidade, Competitividade, Administração verdeResumo
Objetivo: O presente trabalho buscou investigar se a competitividade é afetada com o uso de práticas e programas sustentáveis, concluindo que sim, ambos podem caminhar juntos, fortalecendo a organização e mostrando ser um diferencial competitivo. Tendo como fundamento as preocupações sobre sustentabilidade versus competitividade na área do setor náutico, definiu-se o seguinte problema de pesquisa: de que maneira a sustentabilidade e a competitividade podem caminhar no mesmo sentido em uma organização do segmento náutico? Com base nessa questão, definiu-se como objetivo geral identificar os critérios tangíveis e intangíveis da sustentabilidade e competitividade na percepção dos stakeholders de uma organização do segmento náutico.
Metodologia/abordagem: Foi usada a abordagem quantitativa para a mensuração dos dados, variáveis predeterminadas, análise e interpretação dos dados. Com o foco para a interpretação dos dados da pesquisa e sua análise, estabelecendo através questionário de perguntas fechadas, com intenção de recolher respostas claras e facilitar o entendimento da população pesquisada.
Originalidade/Relevância: A aplicação de práticas sustentáveis atua como fonte motivadora da competitividade em uma organização do segmento náutico; todos os envolvidos têm consciência que a sustentabilidade é tão importante quanto a competitividade; e as práticas sustentáveis desenvolvidas têm impacto positivo proporcional na responsabilidade dos envolvidos em suas residências.
Principais conclusões: A organização tem consciência que a sustentabilidade é tão importante quanto a competitividade. E, portanto, que as práticas sustentáveis desenvolvidas na organização náutica têm impacto positivo proporcional na responsabilidade dos envolvidos dentro de suas residências, sendo as hipóteses provadas verdadeiras pelos resultados obtidos.
Contribuições teóricas/metodológicas: Esta correlação entre sustentabilidade e competitividade é bem aceita pelos stakeholders, sendo vista a junção de ambas como fundamental para um bom andamento de todos os trabalhos e programas ambientais, e podendo ser considerada um diferencial da organização náutica. E tanto os aspectos tangíveis como os intangíveis são perceptíveis para todos os envolvidos, que buscam participar dos programas ambientais, agregando valor ao nome da organização náutica e aos que buscam difundir essas práticas sustentáveis conjuntamente.
Downloads
Referências
AGHION, P.; HEMOUS, D.; VEUGELERS, R. No green growth without innovation. Bruegel Policy Brief, n. 07, p. 01-08, 2009.
ALIGLERI, L. et al. A responsabilidade social na gerência de produção: percepções, políticas e perspectivas na indústria de alimentos da região de Londrina. In: Encontro nacional da associação nacional de pós-graduação e pesquisa em administração, 27, 2003. Londrina. Anais… Rio de Janeiro: Anpad, 2003.
APPOLINÁRIO, Fábio. Dicionário de metodologia científica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 295p.
ALVES, Ricardo Ribeiro, JACOVINE, Laércio Antônio Gonçalves; NARDELLI; Aurea Maria Brandi. Empresas verdes: estratégia e vantagem competitiva. Viçosa, Minas Gerais: Editora UFV, 2011. 194 p.
ASHLEY, Patrícia Almeida (org.). Ética, responsabilidade social e sustentabilidade nos negócios: (des) construindo limites e possibilidades / Lilyan Guimarães Berlim et al. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2019. 280 p.
ASSOCIAÇÃO BANDEIRA AZUL DA EUROPA – ABAE. Bandeira Azul: há 25 anos a trabalhar por um desenvolvimento sustentável. Lisboa, 2012
ATZEI, A.; GROEPPER, P.; NOVARA, M. INNOVATIONS FOR COMPETITIVENESS: research institutes; product innovation. Innovations for competitiviness: European Views on Better-faster-cheaper, v. 44, n. 7-12, p. 745-754, 1999. DOI: https://doi.org/10.1016/S0094-5765(99)00086-7
BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
BARNEY, J. Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Management, v. 17, n. 1, p. 99-120, 1991. DOI: https://doi.org/10.1177/014920639101700108
BOONS, F. et al. Sustainable Innovation, business models and economic performance: An Overview. Journal of Cleaner Production, v. 45, p. 1–8, 2013. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2012.08.013
BOSETTI, V. et al. The role of R&D and technology diffusion in climate change mitigation: new perspectives using the witch model. Paris, 2009. DOI: https://doi.org/10.2139/ssrn.1397076
BRASIL. ONU estabelece três pilares para o desenvolvimento sustentável dos países: econômico, social e ambiental. Disponível em: http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/rio20/temas-em-discussao-na-rio20/
onu-estabelece-tres-pilares-para-o-desenvolvimento-sustentavel-dos-paiseseconomico-social-e-ambiental.aspx. Acesso em: 29 jan. 2023.
CARAYANNIS, E. G.; GONZALEZ, E. Creativity and Innovation = Competitiveness? When, How, and Why. The International Handbook on Innovation, p. 587-606, 2003. DOI: https://doi.org/10.1016/B978-008044198-6/50040-1
CARRILLO-HERMOSILLA, J.; RÍO, P. DEL; KÖNNÖLÄ, T. Diversity of eco-innovations, reflections from selected case studies. Journal of Cleaner Production, v. 18, p. 1073 a 1083, 2010. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2010.02.014
CARVALHO, Délton Winter de. Dano ambiental futuro: da assimilação dos riscos ecológicos pelo Direito à formação de vínculos jurídicos intergeracionais. Tese (Doutorado em Direito), Programa de Pós-Graduação em Direito, Universidade do Vale do Rio dos Sinos. São Leopoldo: Unisinos, 2006.
COLAUTO, Romualdo Douglas; BEUREN, Ilse Maria. Coleta, análise e interpretação dos dados. In: BEUREN, Ilse Maria et al (Org.). Como elaborar trabalhos monográficos em Contabilidade: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2012. Cap. 5. p. 117-144.
CRONIN, J. J.; SMITH, J. S.; GLEIM, M. R.; RAMIREZ, E.; MARTINEZ, J. D. Green marketing strategies: an examination of stakeholders and the opportunities they present. Journal of the Academy of Marketing Science, 39(1), 158-174. Dahl, R. 2011. DOI: https://doi.org/10.1007/s11747-010-0227-0
CURWIN, Jon; SLATER, Roger. Quantitative methods for business decisions. 3 o ed. 1991.
DEMAJOROVIC, J. Sociedade de risco e responsabilidade socioambiental: perspectivas para a educação corporativa. São Paulo: Editora Senac, 2003.
DIAS, R. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2009.
DONAIRE, D. Gestão ambiental na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
ELKINGTON, J. Canibais com Garfo e Faca. São Paulo: Makron Books, 1997.
EUROPEAN COMISSION. Communication from the comission - A strategy for smart, sustainable and inclusive growth. Brussels: [s.n.], 2010.
FERENC, P.; VARMUS, M.; VODÁK, J. Stakeholders in the various field and relations between them. Procedia engineering, 192, 166- 170, 2017. DOI: https://doi.org/10.1016/j.proeng.2017.06.029
FIALHO, L. S.; MARQUESAN, F. F. S.; SOUZA, L. Greenwashing: crítica aos apelos “sustentáveis” das organizações nos meios de comunicação publicitários. IV SINGEP – Simpósio Internacional de Gestão de Projetos, Inovação e Sustentabilidade. São Paulo – SP. Brasil. p. 1-14. 2015.
FRENKEN, K. et al. A Complex Systems Methodology To Transition Management On Appropriability, Proximity, Routines And InnovationDRUID Summer Conference 2007. Anais...Copenhagen: 2007.
FRIEDMAN, Milton. The counter-revolution in monetary theory. Wincott Memorial Lecture, 1970.
GÂNDARA, J. M.; MENDES, J. C.; MOITAL M.; RIBEIRO, F. N. S.; SOUZA, I. J.; GOULART, L. A. A qualidade da experiência na visitação dos destinos turísticos. (p. 383-396) In: BENI, M. C. (Organizador) Turismo: Planejamento Estratégico e Capacidade de Gestão. Barueri, SP: Manole, 2012.
GOBBO, André. Ciência e metodologia da pesquisa e do trabalho científico. Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2017.
HARRISON, R. W.; KENNEDY, P. L. A neoclassical economic and strategic management approach to evaluating global agribusiness competitiviness. Competitiveness Review: An International Business Journal, v. 7, n. 1, p. 14-25, 1997. DOI: https://doi.org/10.1108/eb046342
HENDERSON, H.; SANQUICHE, R.; NASH, T. J. 2014 Green Transition Scoreboard Report: Plenty of water. Saint Augustine.
HIGMAN, S.; MAYERS, J.; BASS, S.; JUDD, N.; NUSSBAUM, R. The sustainable forestry handbook. 2 ed. London: The Earthscan Forestry Library, 2005. 332 p.
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION – ISO. ISO 14001. Environmental management systems: requirements with guidance for use. Geneva, 2004.
JACOBI, P. Cidade e meio ambiente. São Paulo: Annablume, 1999.
LALL, S. Competitiveness, technology and skills. UK/Northampton: Edward Elgar, 2001. DOI: https://doi.org/10.4337/9781781950555
LARSON, A. L. Sustainable Innovation Through an entrepreneurship lens. Business Strategy and the Environment, v. 9, p. 304–317, 2000. DOI: https://doi.org/10.1002/1099-0836(200009/10)9:5<304::AID-BSE255>3.0.CO;2-O
LEANDRO, L. A. et al. O futuro da gestão socioambiental: uma análise crítica sobre a crise ambiental brasileira. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, v. 4, n. 2, p. 144-162, 2015. DOI: https://doi.org/10.5585/geas.v4i2.322
LEWANDOWSKA, A.; WITCZAK, J.; KURCZEWSKI, P. Green marketing today–a mix of trust, consumer participation and life cycle thinking. Management, 2017, 21(2), 28-48. DOI: https://doi.org/10.1515/manment-2017-0003
MEADOWS, D. L. et al. The limits to growth. New York: Universe Books, 1972.
MONTALVO, C.; LOPÉZ, F. J. D.; BRANDES, F. Potencial for Eco-innovation Opportunities in Nine Sectors of the European Economy. Brussels, 2011.
O’BRIEN, C. Sustainable production — a new paradigm for a new millennium. International Journal Production Economics, v. 61, n. 60-61, p. 1–7, 1999. DOI: https://doi.org/10.1016/S0925-5273(98)00126-1
OTTMAN, J. A. As novas regras do marketing verde: estratégias, ferramentas e inspiração para o branding sustentável. São Paulo: M. Books do Brasil Editora Ltda, 2012. p. 328.
POLONSKY, M. J.; ROSENBERGER III, P. J. Reevaluating green marketing: A strategic approach. Business horizons, 2001, 44(5), 21-30. DOI: https://doi.org/10.1016/S0007-6813(01)80057-4
PRAHALAD, C. K.; HAMEL, G. The Core Competence of the Corporation. Harvard Business Reviewa, n. May-June, p. 15, 1990.
RAUPP, Fabiano Maury; BEUREN, Ilse Maria. Metodologia da Pesquisa Aplicável às Ciências Sociais. In: BEUREN, Ilse Maria et al (Org.). Como elaborar trabalhos monográficos em Contabilidade: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2012. Cap. 3. p. 76-97.
RODRIGUES, Maria Lucia; LIMENA, Maria Margarida Cavalcanti (Orgs.). Metodologias multidimensionais em ciências humanas. Brasília: Líber Livros Editora, 2006. 175p.
RUSCHMANN; D. V. de M.; ROSA, R. G.; E WEIDGENANT, P. J. Z. Sustentabilidade como estratégia de desenvolvimento: Ilha de Porto Belo, SC. (p. 811-841). In: Philippi Jr, A.; RUSCHMANN, D.V. de M. (Editores) Gestão ambiental e sustentabilidade do turismo. Barueri, SP: Manole, 2010.
SANTOS, R. et al. Strategies for competitiveness and sustainability: Adaptation of a Brazilian subsidiary of a Swedish multinational corporation. v. 90, p. 3708–3716, 2009. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jenvman.2008.12.021
SCHALTEGGER, S.; WAGNER, M. Sustainable entrepreneurship and sustainability innovation: Categories and Interactions.pdf. Business Strategy and the Environment, v. 20, n. July 2010, p. 222–237, 2010. DOI: https://doi.org/10.1002/bse.682
SEIFFERT, Maria Elizabete Bernardini. ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental – Implantação Objetiva e Econômica. São Paulo: Atlas, 2010.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2007. DOI: https://doi.org/10.36311/2007.978-85-249-1311-2
SROUR, R. H. Ética empresarial sem moralismo. Revista de Administração da USP, São Paulo, v. 29, n. 3, p. 3-22, 1994.
STAUB, S.; KAYNAK, R.; GOK, T. What affects sustainability and innovation - Hard or soft corporate identity? Technological forecasting and social change, v. 102, n. 5, p. 72–79, 2016. DOI: https://doi.org/10.1016/j.techfore.2015.06.033
STAVINS, R. N.; WAGNER, A. F.; WAGNER, G. Interpreting sustainability in economic terms: dynamic efficiency plus intergenerational equity. v. 79, p. 339–343, 2003. DOI: https://doi.org/10.1016/S0165-1765(03)00036-3
TACHIZAWA, T. Gestão ambiental e responsabilidade social corporativa: estratégias de negócios focadas na realidade brasileira. São Paulo: Atlas, 2002.
TAVARES, F.; FERREIRA, G. G. T. Marketing verde: um olhar sobre as tensões entre greenwashing e eco propaganda na construção do apelo ecológico na comunicação publicitária. Revista Espaço Acadêmico. n. 138. p. 23-31. 2012.
TENÓRIO, G. F. et al. Responsabilidade social empresarial: teoria e prática. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
TINOCO, J. E. P. Balanço social: uma abordagem da transparência e da responsabilidade pública das organizações. São Paulo: Atlas, 2001.
VOULGARIS, F.; LEMONAKIS, C. Competitiveness and profitability: The case of chemicals, pharmaceuticals, and plastics. The journal of economics asymmetries, v. 11, p. 46-57, 2014. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jeca.2014.04.003
WAGNER, M. Corporate Social Performance, and Innovation with High Social Benefits: A Quantitative Analysis. Journal of business ethics, v. 94, p. 581–594, 2010. DOI: https://doi.org/10.1007/s10551-009-0339-y
WAGNER, M.; WAGNER, M. An introduction and overview. In: entrepreneurship, innovation and sustainability. Greenleaf Publishing, 2012. v. 44p. 0–9.
WBCSD - WORLD BUSINESS COUNCIL FOR SUSTAINABLE DEVELOPMENT. Ecoefficiency: Creating more Value with less impact. Geneve, Switzerland, 2000.
WOOD, D. Corporate social performance revisited. Academy of management review, vol. 16, n. 4, p. 691-718, 1991. DOI: https://doi.org/10.5465/amr.1991.4279616
Downloads
Publicado
Como Citar
Licença
Copyright (c) 2023 Eduardo Hercilio da Luz, Rodrigo Fernando Belli, Ruan Carlos dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
- O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista;
O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do texto na da revista;
O(s) autor(es) garantem que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s);
A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es);
É reservado aos editores o direito de proceder a ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre)